sexta-feira, 25 de março de 2011

13 semanas e 1 dia... Exactamente!

Parece que o pirralho ou a pirralha faz hoje treze semanas e um dia... Exactamente.
Finalmente passamos a "famigerada" fase dos três meses, a fase que mais me assombrava por ser particularmente sensível e na qual se deve manter ao máximo a discrição face à gravidez, tarefa na qual se diga, não tivemos grande sucesso.
Hoje tive a minha primeira experiência ginecológica. Aos 99% da população masculina que como eu tinham a curiosidade de assistir a uma consulta ginecológica... Bom, deixem que vos ponha as coisas desta forma... ESQUEÇAM!
A ecografia intra-vaginal não é sexy. O aparelho que ao longe parece um pilhas, ao perto assemelha-se mais a um míssil russo. A médica não tem 20 anos e peito de silicone, tem uns 50 anos e 100kg, o que por si só arruina qualquer fantasia.
Não "apanhei" metade do que a médica dizia. Ela ia falando ao ritmo do meu "ahan, ahan, ahan, claro, claro" . A programação na TV era mais interessante. O poder do aparelho sobre mim fez-me lembrar a hora de jantar quando era catraio. Era igual, mas sem o jantar e sem alguém a dar-me cascudos e a ameaçar constantemente com uma voz esganiçada "Se não comes, desligo-te a televisão".
De início não se via nada. Comecei a achar que tinha entrado ali cheio de expectativas e que ia sair sem ver um cú (passo a expressão). Mas quando já começava a desesperar (ao fim de uns bons vinte segundos), a Doutora lá acertou com o Scud e nessa altura meus amigos... Tal como os pastorinhos... Eu vi!!! Não só vi um cú, como uma cabeça, dois braços, duas pernas e aquilo que achamos por maioria, ser um grande, robusto e possante... Pilau! Não há grandes certezas, ainda é cedo e em abono da verdade, via-se mal.
Nesta fase, rapaz ou rapariga deixa cada vez mais de ser importante, importante é que nasça perfeitinho e branquinho. Não sou racista mas era giro e poupava uma série de chatices se o bebé saísse a mim.
Fez-me alguma impressão ouvir os batimentos cardíacos. Aquele batimento acelerado trouxe-me lembranças. Fez-me recuar no tempo uns vinte e cinco anos até ao dia que a Luisinha, uma menina que vivia lá perto da casa dos meus pais me disse uma vez que estávamos sozinhos no meu quarto enquanto os nossos pais galhofavam na sala: "Se me mostrares o teu, eu mostro-te o meu". Tum tum... Tum tum... Tum tum...
Bom, mas voltando á consulta... Tive pena da pobre da F. Enquanto eu apreciava o momento, nitidamente ela rezava baixinho para que acabasse rápido. Ela levou pancada velha. Ela bufava de tal maneira que até os quadros na parede abanavam. Depois da pancadaria que apanhou naquele consultório para que o pirralho se movesse e se conseguissem fazer as medições e verificações necessárias, qualquer noite de sexo violento com "tau taus", chicotes, couro e afins seriam um mero passeio no parque.
No fim a ecografia soube-me a pouco. Gostava de ter ficado ali mais um bocadinho a ver o pintelho dar socos na bexiga da F.
A consulta terminou com uma colheita de sangue. Confesso que quando vi a agulha fiquei nervoso, pensei mesmo em fugir. Eu e as agulhas temos uma relação muito particular. Mas fiquei mais descansado quando a enfermeira apontou a agulha e a enfiou no braço da F. dizendo "Pronto, está feito. E o senhor também já pode descer do sofá!".

Nota mental para a próxima consulta: Pedir à médica o nome do gel... Aquilo dá para umas coisas malucas, dá...

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